Você já mendigou amor ou aceitou migalhas de atenção? Já agiu tal e qual o “Maior Abandonado” de Cazuza? Não lembra da música? Aqui vai:
“Teu corpo com amor ou não
Raspas e restos me interessamMigalhas dormidas do teu pão
Raspas e restos
Me interessam
Pequenas poções de ilusão
Mentiras sinceras me interessam
Me interessam, me interessam”
Já? E você acha, por um acaso, que é isso o que você merece e o que você precisa? Você acha que alguma coisa real se constrói dessa forma? E porque, afinal, você se sujeita a isso?
Rastejar-se não vai fazer ele te notar, muito menos te amar. Rastejar-se só vai te tornar, aos olhos do outro, cada vez mais insignificante, cada vez mais passível de ser pisada, usada, abandonada. Se rastejar e aceitar restos do que você queria que fosse amor só vai te tornar um trapo, uma sombra mal acabada do que você deveria ser e não foi.
Amor só presta se for correspondido, não se ama sozinho e o mínimo que a gente deve aceitar é ser amado “na mesma moeda”, porque isso, mais do que qualquer coisa, é uma questão de “autoamor”.
Não se lembra mais do que é isso, né? Vou refrescar a tua memória: “autoamor” é, dentre tantas outras coisas,a certeza de que você é a pessoa mais importante da sua vida, porque sim, você é. “Autoamor” é agir de acordo com essa certeza em tudo na vida, e saber que isso, como pregam alguns, não é egoísmo, é bom senso.
Sabe o que você está fazendo ao aceitar ser a “formiga” da vida de alguém? Construindo a sua “casa”, a sua vida, em terreno incerto, em areia solta, daquelas em que nada “se prende”. E sabe o que acontece quando se faz isso? Tudo desaba num “sopro de vento”.
E não, com o tempo ele não vai valorizar você. Ao contrário. Ele sabe que você aceita qualquer coisa, ele sabe que você se contenta com migalhas, e quem, afinal, respeita quem se coloca nesse papel? Ninguém, nem você. E é por não se respeitar que você age assim.
Sim, porque a gente está onde a gente se coloca. A culpa não é dele, a responsabilidade é que é sua, e cabe a você aprender a se amar e a se valorizar, ou então passar o resto da vida vivendo de sobras.
A escolha é toda e inteiramente sua.
Beijos